PÔ , QUE SAUDADE . . .

• Milton Costa Honorato

  
  
  

  Despedida e Saudade.

  E no meio dessa confusão alguém vai partir. “Eu”!!!, sem me despedir; é triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste. Talvez tenha sido melhor assim, uma perda como às vezes acontece em um baile de carnaval – uma pessoa se perde da outra, procura-há por um instante e, depois adere a qualquer cordão e segue. É melhor para todos pensar que estou por aí. Que vamos nos encontrar a qualquer momento. Que foi bom foi. Incrivelmente bom. Não nos despedimos. Simplesmente parti. Deixando um vazio, talvez, e levando saudade, sem egoísmo nem humilhação.

  Creio que será permitido guardar uma leve tristeza e, também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que com ou sem despedida ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito. Sentimento de culpa? Não. Sentimento de que poderia ter feito mais. Abraçado mais. Beijados mais. Conversado mais e, até flertado mais.

  E que houve momentos perfeitos que passaram, mas, que não se perderam porque ficaram em nossas vidas; que as lembranças desses momentos nos fazem sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa se uma estrela se foi se ela ainda brilha no fundo de nossa alma, de nosso confuso sonho?

  Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros encontros; se eles vierem, nós os receberemos obedientes as nossas convicções, aos nossos sonhos. Pois, agora distante, é como o inverno, que em algum momento nos maltrata por não haver flores, não haver praia e fomos sacudidos de um lado para outro como boneco na mão de um titeriteiro inábil, mas a saudade continua.

  Ah! Talvez valesse a pena dizer que houve momentos de confraternização, de alegrias, de fraternal abraço, de um afago; mas também houve momentos de angústia, de desamparo, de solidão, por medo. Puro medo de ser feliz, de participar mais, de reconhecer, de ser reconhecido. Entretanto é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio pode tornar tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas, dignas, e digamos apenas que sentimos muita saudade.

  Se por um instante Deus esquecesse que somos tão pequenos diante de sua infinita bondade e nos presenteasse com mais um pouco de vida e nos proporcionasse mais um encontro como esse, possivelmente não diríamos tudo o que pensamos, mas definitivamente pensaríamos em tudo o que deixamos de fazer.

  Portanto, pensando no que fizemos, dissemos e sentimos, percebemos que os momentos de história que realizamos juntos foram mais grandiosos do que pequenos.

  Revivemos coisas impressionantes, rimos muito, e podemos dizer que se Deus nos concedesse maus um pouco de vida, continuaríamos a nos encontrar por mais uns trinta nãos, por que não?

  Neste momento palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas na saudade que, possivelmente, iremos sentir, mas sorriso é o que demonstraremos nesses instantes de lembranças, por ser o motivo de nossas realizações.

  Sempre há um amanhã e a vida nos dá mais oportunidades para fazermos as coisas bem e, temos que aproveitar cada oportunidade, por isso sabe: alguém tem que ir. Mas vamos torcer pelo seu sucesso, sempre. Que façamos histórias maravilhosas e intensas como foi a nossa, por um dia, e que perpetuará...

  Hoje é apenas um tilintar... Uma recaída.... Uma saudade, que me fez vir até vocês, para dizer-lhes como foi importante encontra-los, conviver por alguns momentos e trazer muitas saudades.

  Abraço Fraterno a todos e um ótimo final de semana.

  Não se esqueçam nunca. Em tudo, Deus é primeiro.  
  
  
  
  

  

  
  
  Edson Ferreira Moraes MUITO BONITO SEU DEPOIMENTO MEU IRMÃO, COMO DIZ A LOCUÇÃO DO POETA, "SEMPRE FICA O PERFUME NAS MÃOS DE QUEM DISTRIBUI FLORES". UM T.´. F.´. A.´.
  

  
  

  Eliete Martins Eu também fui embora sem me despedir.Não dava pra aguentar a despedida,me emociono com muita facilidade.Ainda me lembro de vários olhares e a simpatia das pessoas.Era um momento ímpar para todos nós.Simplesmente,adorei tudo!

  
  

  Antonio Araujo isso aconteceu comigo a 30 anos atras . é dificil esquecer a partida . até hoje quando eu me lembro do dia , o coração acelera , mais é assim mesmo, agente se acostuma ..

  
  

  
  

  
  

  Antonio Doarte de Souza Amigo Milton Costa Honorato, a saudade é dor pungente; a saudade mata a gente... Suas palavras (solitárias) fazem-nos lembrar que a saudade é SOLIDÁRIA (a que dói em mim,não dói só em mim). Abraço saudoso prá você, também.
  
  Irineis De Souza Donatoni Milton, nosso grande amigo poeta, " DESPEDIDAS"... " SAUDADES" , meu querido amigo, também não me despedi, parece que não houve tempo para isso, mas tentemos fazer dessa saudade imensa, esse sentimento estranho de que ficou algo sem fazer, sem dizer, abraços e beijos que não foram dados, bate papo que não aconteceu; vamos fazer de conta, que não houve tempo para tudo isso. Vamos fazer da saudade, e de todos esses sentimentos que todos estamos sentindo, ingredientes para passarmos por esse intervalo, isso mesmo INTERVALO, um intervalo que parece que não acaba mais.....até a próxima festa, próximo encontro, que iremos ter sim, aliás, segundo nosso amigo Edson Morais, o próximo encontro será continuação do primeiro, e não outro encontro, agarre-se a essa manifestação do Edson, e vamos começar a planejar, a viver a ansiedade que antecedeu ao nosso primeiro encontro, como se 01/05/2014, não estivesse tão longe....vamos fazer de conta, que 01/05/14, já fosse amanhã !!!!!!!!!! , vamos esquecer tudo que não fizemos, tudo que não curtimos, até fotos que deixamos de tirar... e vamos deixar registrado em nossa memória, só as boas lembranças, bons momentos; o que nos entristece, nos angustia, nos deixa com sensação de vazio, de arrependimento, vamos como num passe de mágica, apertar o botão de DELETE, e jogar fora. E para passar o tempo, vamos continuar com os processos de indenização, perdas e danos materiais, contra o nosso amigo Antonio Doarte, que aliás você não me respondeu se aceitava incluir o meu nesse pacote, com honorários a receber por Contrato de Risco. Vamos amigo, vamos sentindo saudades, mas planejando e imaginando como será o próximo encontro....Grande abraço.